Como as Altas Temperaturas Globais Impactam a Energia?
O mundo tem ficado mais quente desde a década de 1980. Em 2022, muitos países ao redor do mundo experimentaram temperaturas recordes. Cientistas preveem que a onda de calor sem precedentes continuará, aumentando ainda mais a dificuldade de uma economia global já lenta. A comunidade internacional há muito concorda que os gases de efeito estufa produzidos pelas atividades humanas são uma das principais causas do aquecimento global. Nos últimos anos, essa tendência tem se tornado cada vez mais evidente. A alta temperatura de 2022 é apenas um surto, mas já causou consequências graves.
A alta temperatura causou uma grave seca não apenas na Europa, mas também no oeste dos Estados Unidos, México e em muitas partes do sul da China. A seca atingiu diretamente a agricultura, resultando na redução das colheitas. Por um lado, isso levou a um aumento acentuado na demanda por eletricidade, e por outro lado, a seca prejudicou a geração de energia hidrelétrica, fazendo com que muitos países reativassem as usinas a carvão.
O aquecimento climático e os problemas resultantes, como as secas, têm causado sofrimento humano. Investir em ações de redução de carbono com maior intensidade é uma necessidade urgente, e não uma visão de longo prazo. A Europa é, sem dúvida, a iniciadora e uma das mais ativas promotoras dessa ação global de redução de carbono. Já em 1997, a Comissão Europeia estabeleceu o primeiro objetivo da jornada da Europa rumo à energia renovável. Sob a liderança da UE, as indústrias globais de energia solar, energia eólica e outras fontes de energia renovável estão florescendo.
Neste grande movimento de redução de carbono, a China surgiu de trás e contribuiu com o maior incremento. No passado, a China dependia fortemente da geração de energia a partir de carvão, com a proporção de capacidade instalada de carvão chegando a 70%. Hoje, essa participação caiu para menos de 50%. Acompanhar esse processo foi o crescimento de indústrias de novas energias, como energia eólica e solar, nos últimos dez anos. No início dos anos 2000, a Europa estava muito à frente em termos de capacidade instalada de energia eólica. Desde 2008, a capacidade instalada de energia eólica da China cresceu exponencialmente, superando os Estados Unidos e a Europa em 2012 e 2018, tornando-se líder mundial. No campo da energia solar fotovoltaica, a superação da China é uma verdadeira virada industrial. Desde 2008, a capacidade total instalada aumentou de 0,18 TWh para 327 TWh, quase o mesmo que a soma dos Estados Unidos e da Europa. O crescimento explosivo da energia eólica e solar está relacionado ao grande investimento da China no campo de energias renováveis. Segundo estatísticas, de 2010 até a primeira metade de 2019, o investimento total da China no setor de energias renováveis atingiu 758 bilhões de dólares, mais do que os Estados Unidos, Alemanha e Japão juntos. Não só isso, a China também formulou uma ambiciosa meta estratégica "dupla de carbono".
Além disso, mais de 100 países e regiões ao redor do mundo, incluindo Europa e os Estados Unidos, estabeleceram metas de neutralidade de carbono, abrangendo 88% das emissões de carbono. No entanto, o clima extremo de altas temperaturas em 2022 trará mais desafios para o esquema global de redução de carbono.